terça-feira, 26 de novembro de 2013

Nos Teus Braços

Que coisa engraçada quando ti abraço
E ti beijo parece que somos imortais
Nos teus braços me sinto acolhido
Sinto a energia que vem dentro de você
Quando beijo você me sinto flutuando no universo
Quando olho para tua carinha de criança
Cada vez ti amo mais
Queria tanto poder ver o por do sol contigo,
Gostaria de amanhã abraçado contigo na cama
e ver o sol bater na janela do nosso quarto
Queria transar sempre contigo
E sentir a força do teu amor
Quando caio na realidade fico em duvida que você será minha
Vivo sofrendo caminhando igual um animal ferido que busca abrigo
E eu busco estar nos braços da mulher que amo
Mas sei que é impossível

Autor: Paulo Furtado
Vacaria, 08 de Novembro de 1990





sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Juventude

No meio da estrada caminham
Aquela multidão de jovens
Todos rebeldes
Como os hippies em 60
Os punks e Darks em 80
Vestem calças jeans
E falam gírias
São reprimidos e taxados de marginais
pelos conservadores
Buscam revolucionar o mundo
com  suas idéias de paz e amor
Eles vivem diferentes
E querem praticar o amor livre
Fumar maconha e cheirar cocaína
Buscam a liberdade
Nos campos e matos
Vivem ao redor do fogo de madrugada tocando violão
Eles querem um mundo novo
E uma sociedade justa e livre
Por isso não são compreendidos
Eles odeiam a violência
E as regras da sociedade burguesa
Eles estão certos
Porque sonham e sabem que um dia
Talvez há anos luzes seus sonhos serão realidade.

Autor: Paulo Furtado

Vacaria, 05/11/1990


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Semente do Socialismo

A gente que luta dia após dia
Pela essa nova sociedade chamada socialismo
A gente que leva pau nas greves
A gente que sai nas ruas gritando palavra de ordem
A gente que ama
A gente procura entender as pessoas e aprender com seus modos de vida,
A gente que se dedica horas e horas de estudo para mudar o mundo
A gente que de sol a sol trabalha e vê o salário pouco no fim do mês
A gente que quer fazer de massa de manobra
E somente servimos para sustentar o patrão
A gente sabe que somos semente para essa geração que vem atrás
Que vão seguir e colher o frutos de nossa luta
Nós sabemos que não vamos ver a sociedade que desejamos
Mas os nossos filhos,netos e outra geração que virá
Irá ver a nova sociedade
Nós somos história
Nós o povo somos os atores principais do teatro da vida.
E sabemos que um dia chegará o último ato e que as cortinas se fecharão
E novos atores assumiram a peça da vida
Como disse no circo
O espetáculo não pode parar
E a luta pela nova sociedade não pode parar.

Vacaria RS, 04/11/1990

Autor: Paulo Furtado

Repressão

A sociedade que nos impõe modelos e regras
A sociedade sempre foi repressora e cruel com as pessoas que buscam uma vida alternativa
Os grandes chefes com seus privilégios reprimem o povo e fazendo sofrerem cada vez mais,
As pessoas tem que se obrigarem a fazer coisas impostas por ditadores,
Eu me rebelo contra tudo isso
Por isso sou reprimido como os meus demais companheiros
Tanta gente morreu em busca dessa utopia que é da sociedade justa, fraterna e igualitária,
Os ditadores buscam ficar no poder a todo custo,
Mandam baixar o pau em cada manifestação contra seus governos,
Esses ditadores não sabem o que é democracia
Ando pela estrada olhando o Arco-Íris depois da chuva,
Queria tanto ultrapassa-lo e ver o que tem depois dele
Queria poder amar a minha menina livremente
Poder conversar com as pessoas democraticamente
Queria que os homens se respeitassem como seres humanos e não buscassem se separar por regras e moldes da sociedade burguesa.
Queria poder viver em paz tomando cerveja tocando meu violão, escrevendo meus poemas e amando muito,
Quem sabe um dia eu possa viver dessa maneira,
Quem sabe depois do Arco-Íris eu encontrei a paz e a nova sociedade que tenho buscado.

Autor: Paulo Furtado

04/11/1990     Vacaria RS

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Novas Emoções

Não sei mas ando sentindo algo estranho
Parece que com a chegada da Primavera
Estou mudando
Estou me sentindo mais leve
E com uma grande vontade de amar
Olho para o céu e sinto uma felicidade estranha,
Quando ti abraço e te beijo gosto mais de ti,
A gente se ama sem compromisso
Estou reconhecendo que te perdi de vez
Sei que tu anda nos braços de outros,
Aceito o teu modo de viver
A tua vida de prostituta
Caminho pelas ruas da cidade
com o coração leve e tranquilo
Parece que sinto que algo de bom esta vindo
para mim
Espero que seja a chegada de um novo amor
Olho o sol se por
E no vermelho do céu
E sinto que o amanhã será bom
E um novo dia chegará
E que alguém me ame
E deixe o meu coração feliz.

Autor: Paulo Furtado

04/11/1990

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Na Solidão da Primavera

Como eu queria ser u Deus
E mudar os nossos destinos
Queria poder ter você junto de mim
Te abraçar e sentir o calor do teu corpo
E os nossos corpos suados rolando na cama
Te acariciar o teu corpo nu
Queria que você me amasse e me desejasse
O sol se põe
E da distância do horizonte
Eu sinto um ar agradável de um fim
de tarde da Primavera
Ando na noite
Sozinho e angustiado
Na solidão da boemia observo às estrelas
com um copo na mão sinto falta de você
Sinto falta do teu corpo
Do teu olhar lindo de criança
Não sei o que irá acontecer entre nós
Mas de uma coisa sei
A tristeza de saber que você
nunca será minha
Dói no meu peito
Como um punhal enterrado
Na solidão da Primavera
Sinto o perfume das flores
Que é o mesmo do teu corpo e do teu beijo
Caminho por estradas perigosas
Em busca de alguém
ou de um amor que jamais
saberei se um dia encontrarei

Vacaria, 30/10/1990
Autoria:  Paulo Furtado