quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Índia do Porto

No altos dos campos de cima da serra.
Eu olhava o céu e sentia
Uma saudade que não sei da onde vem,
Deixei uma deusa que eu amava,
Mas não me queria,
Fugi deste amor e do meu passado,
Chego no porto solitário,
Encontro desafios, alguns amigos e inimigos,
Sei que o porto é o meu exílio e minha casa agora,
Não sei o que me levou a te encontrar,
Não sei o que levou nossos caminhos se cruzarem,
Talvez a cigana e a índia que você tenha nos uniu,
Você é uma grande amiga que eu quero bem,
Talvez se não fosse você hoje,
eu me sentiria sozinho e triste,
O passado as vezes chega, as lembranças tristes, das humilhações e magoas,
Mas o tempo e a melhor vingança e o melhor remédio para tudo,
Queria que você me olhasse além de um amigo,
mas isso é impossível,
Sinto ciume de ti,de ver que a atenção e o carinho não é só para mim,
Minha amiga o certo que vou lutando até os últimos dias da minha vida,
Porque sei o papel importante que tenho na história,
Na história de lutas que estou construindo,
Talvez um dia a gente possa estar juntos de novo,
Além e depois do Arco Iris, certamente nos encontraremos e nos amaremos eternamente.


Autoria:

Paulo Furtado
Porto Alegre, 10 de Setembro de 1997



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