quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Na Solidão da Primavera

Como eu queria ser u Deus
E mudar os nossos destinos
Queria poder ter você junto de mim
Te abraçar e sentir o calor do teu corpo
E os nossos corpos suados rolando na cama
Te acariciar o teu corpo nu
Queria que você me amasse e me desejasse
O sol se põe
E da distância do horizonte
Eu sinto um ar agradável de um fim
de tarde da Primavera
Ando na noite
Sozinho e angustiado
Na solidão da boemia observo às estrelas
com um copo na mão sinto falta de você
Sinto falta do teu corpo
Do teu olhar lindo de criança
Não sei o que irá acontecer entre nós
Mas de uma coisa sei
A tristeza de saber que você
nunca será minha
Dói no meu peito
Como um punhal enterrado
Na solidão da Primavera
Sinto o perfume das flores
Que é o mesmo do teu corpo e do teu beijo
Caminho por estradas perigosas
Em busca de alguém
ou de um amor que jamais
saberei se um dia encontrarei

Vacaria, 30/10/1990
Autoria:  Paulo Furtado

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