sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Marlete

Como vai você depois de algum tempo resolvi escrever,
Não estou muito bem. Estou desempregado, mais uma vez a burguesia me persegue e tira a mais sagrada atividade humana o trabalho. Estou com muitos problemas sentimentais. 
Um amor antigo por uma menina que amei no passado voltou. Estou mau porque mais uma vez vi ela com outro e essa moça me odeia pro algumas crises de ciúme que tive. Ela não me ama e não consigo esquece-la. Aliás a única mulher que me fez esquecer essa menina foi você Marlete.
Você surgiu na minha vida no momento mais difícil para mim.
Marlete desde de Março quando fui te visitar e te encontrei com um senhor de lá para cá resolvi não te procurar mais. O nosso lance foi ótimo você é uma ótima mulher eu até pensei em ir a Porto Alegre para ti ver mas gastei todo o dinheiro da minha rescissão pagando contas e festas.
Marlete gostaria muito que você me escrevesse me contasse um pouco da tua vida.
Acho que vou embora de Vacaria buscar uma nova vida, novos horizontes e um novo amor. Conhecer gente nova e recomeçar tudo de novo.
Marlete a minha luta como dos demais companheiros não para, um dia esse pais vai ser ótimo de se viver e todos poderemos repartir com igualdade e fraternidade os meios de produção.
Chega o fim de tarde o sol se pondo de mansinho no horizonte me dá uma de viajar e ir até o Porto. Não sei mas me sinto tão bem em Porto Alegre caminho pelas ruas como se estivesse caminhando no céu. As pessoas, os intelectuais, os poetas, músicos e artistas transmitindo aquela mensagem de vida.
Amo Porto e Amo Marlete nas margens do Guaíba.



Autor: Paulo Furtado
09/05/1990



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