quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Índia do Porto

No altos dos campos de cima da serra.
Eu olhava o céu e sentia
Uma saudade que não sei da onde vem,
Deixei uma deusa que eu amava,
Mas não me queria,
Fugi deste amor e do meu passado,
Chego no porto solitário,
Encontro desafios, alguns amigos e inimigos,
Sei que o porto é o meu exílio e minha casa agora,
Não sei o que me levou a te encontrar,
Não sei o que levou nossos caminhos se cruzarem,
Talvez a cigana e a índia que você tenha nos uniu,
Você é uma grande amiga que eu quero bem,
Talvez se não fosse você hoje,
eu me sentiria sozinho e triste,
O passado as vezes chega, as lembranças tristes, das humilhações e magoas,
Mas o tempo e a melhor vingança e o melhor remédio para tudo,
Queria que você me olhasse além de um amigo,
mas isso é impossível,
Sinto ciume de ti,de ver que a atenção e o carinho não é só para mim,
Minha amiga o certo que vou lutando até os últimos dias da minha vida,
Porque sei o papel importante que tenho na história,
Na história de lutas que estou construindo,
Talvez um dia a gente possa estar juntos de novo,
Além e depois do Arco Iris, certamente nos encontraremos e nos amaremos eternamente.


Autoria:

Paulo Furtado
Porto Alegre, 10 de Setembro de 1997



terça-feira, 7 de novembro de 2017

Caminho do Exílio

Volto para casa cansado,
Me sinto um guerreiro destroçado,
Depois de lutar tanto na Arena do exílio,
Um gladiador sobrevivente na luta fratricida,
O capitalismo me venceu de novo,
Estou derrotado pois perdi tudo que tinha,
Queria estar no campo com a mulher que amo,
A mulher que ainda não consegui encontrar,
Luto por um bem estar para todos,
Mas sinto que nem todos pensam na maioria,
Nos caminhos do exílio, aprendi muito, a ser frio, calculista , rancoroso e cheio de ódio,
Mas no fundo tudo que passamos são lições,
continuamos escrevendo as páginas da história da humanidade,

Porto Alegre, 27/11/2000

Autoria: Paulo Furtado

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Depressão no Porto

Correndo os bares,
Olhando o céu,
Eu busco a estrela mais linda,
Do universo
Queria me atirar nos braços
Da Deusa mais linda,
No Porto eu espero chegar a vitória,
Me sinto sozinho e triste,
Quero ser feliz com você,
Mas você não me ama,
Me ignora,
Procura não reparar os meus talentos,
Sou um sonhador revolucionário,
Um maluco pela defesa da humanidade,
Sou guerreiro, sou lutador,
Sou um apaixonado que busca um amor verdadeiro.

Porto Alegre 03/11/2000

Autoria:
Paulo Furtado