Caminhando pela estrada olho o por do sol,
Começo a pensar no mundo em que eu vivo,
Penso a gente trabalha, fica nervoso e tenso,
Ganho pouco, vivo só sem amigos e namorada,
Correndo como um louco de casa para o serviço,
A gente tenta ser um bom sujeito,
Tenta ajudar e ser amigos dos outros,
Só recebo agressão e traição,
Eu aprendi muito com a vida e ainda estou aprendendo,
Eu tentei ser bom, ser amigo de todo mundo mas ninguém foi bom e não quiseram ser meus amigos,
Ajudei todo mundo, na hora em que precisei de ajuda ninguém me ajudou,
Não quero por a culpa nos outros pelos meus erros e fracassos,
Eu sou assim rebelde, agressivo e desumano porque as pessoas não me trataram com carinho,
Eu busco a felicidade, sonho em um dia poder ser feliz e despachar para longe as minhas neuroses,
Eu gostaria tanto de ir para um outro mundo,
De gente sensível, amável e amiga,
Gostaria de poder correr pela praia e abraçar a mulher dos meus sonhos com toda força,
Poder beijar o seu corpo todo,
Poder acariciar os seus quadris,
Mas enquanto eu não encontro a mulher que eu sonho,
Fico sonhando e olhando para o por do sol esperando a morte chegar,
16/08/1986 Autor: Paulo Furtado
Nenhum comentário:
Postar um comentário