Como vai você, tudo bem aí em Porto Alegre,
Aqui em Vacaria estou indo bem com muito trabalho e com muitos objetivos a alcançar.
Hoje não estou trabalhando passei mal no domingo fomos viajar com a Autoval para São João da Urtiga. Tomei muita cerveja e misturei com uísque ai foi fatal.
Marlete não sei porque mas pensei várias vezes e refleti bastante se ia te escrever ou não. Estava com receio não sei porque.
Consegui o teu endereço olhando por acaso na agenda da Terezinha.
Sabe Marlete a gente se conheceu numa forma tão estranha e engraçada.
A primeira vez que fui para o sitio na Páscoa estava com muitos problemas de ordem emocional, o meu objetivo era esquecer os problemas aliviar a cabeça e consegui isto.
Sabe que o nosso lance de amor foi legal e queria ter transado contigo ms infelizmente o ambiente não dava.
Aquela nossa despedida e aquele beijo que ti dei ali achei que nunca mais nós iria-mos se encontrar.
Em Novembro quando fui ao comício do Lula por coincidência no dia do teu aniversário e eu estava pensando em você até com a esperança de ti encontrar por lá. Depois que o Ricardo disse que tinham se encontrado com você e fizeram muita festa fiquei chateado porque queria ter ficado em Porto aquela noite contigo.
O nosso reencontro no sitio neste final de ano foi ótimo.
Eu fui de última hora, tinha ido na casa da Terezinha e me disseram que ela estava no Rossi numa festa.
Chegando lá a Terezinha me disse que você estava no sitio e eu já queria ter ido no Natal mas não foi possível.
Eu precisava recompor as minhas idéias e descansar um pouco porque estava cansado de tanto trabalho e a campanha presidencial tinha me desgastado muito emocionalmente.
Marlete infelizmente foram poucos momentos em que pudemos ficar a sós e conversar, mas esses poucos momentos foram ótimos.
E não sei eu sinto algo estranho e forte quando te beijo e te abraço parece que capto todas tuas energias.
Quando voltei para Vacaria no dia primeiro foi um tédio senti a tua falta queria até voltar para o sitio.
Quando estava dentro do ônibus tinha pensado até não voltar mais.
Sai pelas ruas, solitário com pensamentos somente em ti.
As vezes as pessoas falam na lambada e começo a lembrar de ti.
Marlete eu sei que você tem o teu companheiro mas eu percebi algo naquela noite da passagem do primeiro do ano que tu busca um amor, alguém que ti ame de verdade e te faça feliz. Aquele momento que você me disse que mais uma vez passava as festa de fim de ano sozinha eu senti passo por isso vários anos sozinho, sem ninguém ao meu lado.
Marlete você tem uma força jovem contigo uma garra e disposição que me fascinam eu gosto de pessoas assim com idéias novas e com muita energia.
Você é a primeira experiência de amor que tive com uma mulher mais velha que eu, como te disse naquela nossa conversa no sitio contigo e posso conversar coisas que com as menininhas eu não consigo.
Eu ti abraço, te beijo, te acaricio, sinto toda tua energia e para mim é mais linda e mais tesão que todas essas menininhas idiotas que conheci.
Marlete queria ti ver novamente preciso conversar contigo mais a vontade, com mais tempo, transar contigo.
Lá no sitio senti que você ficou frustada por não termos conseguido transar eu também fiquei chateado.
Marlete vou terminado essa carta espero que a gente possa se ver de novo, entre nós surgiu algo bonito que não sei que o destino irá se definir.
"Quando olho às estrelas,
Vejo o sol se por,
Vejo a chuva cair lembro de você,
Morena tão linda,
Mulher de garra e de força,
Não sei o que vai acontecer com o nosso lance de amor.
Mas quando te abraço e te beijo,
Sinto uma força que vem de você,
Que me deixa mais forte,
Essa força é amor,
O amor se chama Marlete.
08 de Janeiro de 1990
Autor: Paulo Furtado
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