No exílio do meu quarto e da casa onde eu moro no Porto,
Sinto uma saudade da minha cidade,
Escutando o som da Volúpia eu penso em voltar,
Sinto falta da Silvane,
Sinto falta dos amigos,
Queria voltar a beber com o La panca,
Tocar bateria nos circuitos de Rock,
Tomar chimarrão com o homem da nave,
Brigar com o PT,
Chorar e sentar na praça e ver a Catedral,
Sentir o frio abaixo de zero,
Beber e andar nas noites frias,
Sonhar que um dia a Silvane vai voltar para mim,
Ir no centro da Fátima,
Ver a Juliana e poder abraça-la,
De jogar futebol nas quadras,
De olhar o poro do sole e as estrelas que parecem
estão perto da gente apesar de anos-luzes de distancia,
Sei que nunca mais vou voltar do exílio, para casa
Sei que a minha terra é minha morada,
É aqui em Porto,
Que o Guaíba é a minha fonte de inspiração,
Que a luta e a guerra e a vitória é aqui
Sei que beijar teus lábios carnudos, Dircéia,
E abraça-la é a minha fonte de recuperação,
Sei que sua risada extrovertida,
Seus cabelos voando ao vento,
Seu jeito alegre e irritado é fascinante,
Sei que as noites quentes e as bebedeiras nos bares, a boêmia da minha vida é aqui em Porto,
E no mercado, no naval e nos bordéis de Porto,
Minha vida é aqui, é aqui eu vou morrer.
Porto Alegre, 13/09/1997
Autoria; Paulo Furtado
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